sexta-feira, 31 de outubro de 2014

TJE indefere pedido de suspensão.


Justiça nega pedido movido por Tonhão e mantém Cláudio Barroso no cargo.



A desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, em decisão monocrática publicada na ultima quinta-feira (29), indeferiu o pedido de suspensão de liminar que reconduziu ao cargo o prefeito de São João de Pirabas, Luis Cláudio Teixeira Barroso, afastado sob a acusação de improbidade administrativa movida pelo ministério público estadual, no mês de fevereiro.


O pedido de suspensão foi impetrado pelo município de São João de Pirabas e o vice-prefeito, Antônio Menezes Nascimento das Mercês, sob a alegação de que o cumprimento da liminar emanada do agravo de instrumento, assinado pela desembargadora Elena Farag, no mês de agosto, implica em violação à ordem administrativa, à economia e ao interesse público. No texto analisado pela relatora, os requerentes afirmam que a suspensão do afastamento temporário de Cláudio Barroso, representa um atentado à ordem pública e um desrespeito às leis pelo poder judiciário; acusa ainda Cláudio Barroso de pertencer a uma organização criminosa, causando prejuízos ao erário público.


Segundo a decisão da relatora, não houve os pressupostos necessários que confirmassem a necessidade de nova suspensão do atual gestor, uma vez que não foram identificadas a existência de lesão à ordem, à economia ou interesse público relevante na forma do art.4º da lei nº 8.437/92.

A decisão pelo indeferimento do pedido de suspensão de liminar contra Barroso, proferida pela magistrada Luzia Nadja Guimarães Nascimento, presidente do TJE, foi publicada na quinta-feira (29).
 

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

RELIGIOSIDADE. Conheça a história do Círio de Nazaré em Pirabas


Tradicional procissão do Círio. Foto/Arquivo: Paulinho Pinheiro

A comunidade católica de São João de Pirabas está nos últimos preparativos para a celebração da maior festa religiosa do município. Apesar de ter São João Batista como o padroeiro da cidade, é no círio de Nazaré que acontece os maiores exemplos de fé e devoção do povo pirabense.

Fundado no ano de 1942, o círio de Nazaré em Pirabas é o resultado de uma graça alcançada, requerida por algumas famílias da localidade, lideradas pela senhora Percília Nogueira Batista, frente ao violento conflito protagonizado por pescadores e colônia (de pescadores). 

Segundo relato de moradores mais antigos, no início da década de 1940, a colônia de pescadores, através do então presidente Siqueira Campos, deflagrou abusiva cobrança de impostos sobre a produção de pescado, o que inviabilizava a sobrevivência das comunidades pesqueiras. Com o alto índice de inadimplência dos pescadores junto à colônia, Campos, que já era considerado uma pessoa autoritária, passou a perseguir os devedores com o espólio dos poucos bens que dispunham para garantir o sustento de suas famílias. Assim, vários artefatos de pesca como canoas, tarrafas e espinhéis eram confiscados para saldar as dívidas com a entidade, muitas vezes usando de truculência até mesmo contra as mulheres e filhos menores dos pescadores. A situação agravou-se ainda mais com a proibição, por parte da colônia, dos pescadores artesanais exercerem suas atividades, ou seja, estavam proibidos de içarem suas velas ao mar.

A reação foi imediata. Organizados em comboios de grandes batelões, Lourenço da Fonseca, da vila do Inajá, liderou os “rebeldes” que remaram até o local onde ainda hoje está situada a sede da colônia de pescadores Z-08, tendo a adesão de pescadores de outras comunidades. 

Ao avistar as canoas despontarem na lage, um dos funcionários de campos chegou a dizer: -“dessa vez os cofres da colônia vão abarrotar de dinheiro”, sem imaginar o clima de animosidade e o perigo que estavam correndo. Mas que depressa, o oficial organizou o pequeno escritório para recepcionar os inadimplentes, deixando em ordem todo o material de expediente, supondo uma grande arrecadação. 

Aportando na areia da praia e recompondo as forças à sombra de uma frondosa mangueira, que até pouco tempo atrás fazia parte da nossa paisagem, antes da construção do complexo Maria Pajé, os revoltosos aparentando serenidade e aptidão ao diálogo foram recebidos pelo próprio Siqueira Campos, animado pela grande expectativa de arrecadação que faria naquela manhã. Porém, os inajauaras liderados por Lourenço não estavam nada dispostos à conversa ou algum tipo de negociação, o que foi demonstrado logo nos primeiros segundos da saudação entre os dois líderes. Ao cumprimentar o oficial, estendendo-lhe a mão direita, favorecido pela boa estatura e força física, Lourenço surpreende Campos ao acerta-lhe um violento soco com a mão esquerda à altura da orelha, deixando-o desacordado. Daí em diante, a pancadaria segundo relata dona Edith Pereira Lima, na época com 11 anos de idade, foi generalizada. 

O que seria uma grande arrecadação para os cofres da colônia, tornou-se o maior movimento de resistência contra as arbitrariedades impostas ao povo pirabense que até hoje se tem notícia, lembrando-nos a cabanagem, cem anos antes.

Para não perecer nas mãos dos revoltosos, Campos  finge-se de morto, resgatado por partidários, retorna à capital. Assume em seu lugar o senhor Paulo Pinto, dando continuidade à política do antecessor, inclusive com a prisão de alguns supostos participantes da revolta que ainda chegaram a ser enviados a Belém. 

D. Percília Nogueira Batista - Agosto 1952 


Essa atitude inflamou ainda mais os ânimos dos rebeldes, e o conflito com a colônia, já em meio à instabilidade da II guerra mundial, parecia ganhar grandes proporções, situação que afligia as humildes famílias que habitavam a então vila pertencente à Salinópolis. Diante dos rumores de se intensificar o conflito, sem que as partes conseguissem selar um acordo, a solução foi apelar para o campo espiritual. Quase no limite do desespero, Percília Nogueira Batista decidiu fazer um voto, suplicando a Nossa Senhora de Nazaré a intervenção divina na situação conflituosa que parecia longe do fim, prometendo organizar a procissão de um círio em homenagem à rainha da Amazônia.

Milagrosamente a animosidade cessou. O ambiente tranquilo que reinava absoluto na vila de pescadores voltou à normalidade, e assim, foi confirmado o milagre da intervenção no conflito, fortalecendo ainda mais a fé católica.  Alcançada a graça, restava pagar a promessa feita. Por não ser católica praticante, Percília pediu a ajuda de dona Nazaré Nassar e Magna Natividade Ferreira, a quem coube a confecção do andor da Santa, feito com papelão pregado com alfinetes.

Tomadas todas as providências necessárias ao grande círio, sob o comando espiritual do padre Dubois, na manhã do dia 10 de outubro de 1942 foi realizada a primeira procissão em louvor a Nossa senhora de Nazaré, que no decorrer das primeiras décadas já se consolidava como um dos principais eventos católicos da região, atraindo centenas de pessoas de municípios vizinhos. 


São considerados os fundadores do Círio em Pirabas: Percília Nogueira Batista, Nazaré Nassar, Magna Natividade Ferreira e Manoel Felix Batista.


Agradecimentos: 
A família Batista na pessoa da Srª. Iriléia Cordeiro, que gentilmente cedeu-nos a foto.
Iriléia é neta de Percília Nogueira Batista.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eleições 2º Turno


Saiba quem venceu as eleições em Pirabas

Como era de se esperar, Simão Jatene e Dilma Roussef, assim como no resultado geral, foram os grandes vencedores na preferência dos votos do eleitorado pirabense.
Nas eleições do último domingo (26) compareceram às urnas 11.434 (68,76%) dos 16.628 eleitores aptos; as abstenções somaram 5.194 (31,24%), número considerada dentro média para o estado. Votos Nulos 685 (5,99%), Brancos 123 (1,08%). No total 10.626 (92,93%) votos válidos foram registrados.



Colaboração de Isac Moriah/JR Queiroz

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

POLÍCIA. Repressão ao tráfico em Pirabas

Menor é encontrado com entorpecentes. Traficantes conseguem escapar.


Material apreendido pela Polícia Militar. Foto: DPM Pirabas
Uma ação da Polícia Militar em ronda pelo bairro da Piracema no início da tarde de quarta-feira, 22, desarticulou a ação de traficantes que preparavam-se para fazer a comercialização de entorpecentes quando foram surpreendidos  pela guarnição comandada pelo sargento Wander.

Ao chegarem ao local onde estavam sendo produzidas as petecas de cocaína, os policiais encontram no interior da residência, um pacote de pó de barrilha e um frasco de solução de bateria, além dos 55 papelotes prontos para a venda.

Os três traficantes conseguiram fugir, apenas um menor foi detido e encaminhado para a delegacia, onde respondeu a um procedimento como menor infrator e logo após foi entregue a família.

Infraestrutura. Atividade aquícola.




Ministério da Pesca amplia cultivo de ostra no Pará
 
Mais de sete hectares em áreas localizadas em três parques aquícolas serão submetidos a processo de licitação pública. As informações são do Portal Brasil.



Durante cerimônia na cidade de Salinópolis (PA), o Ministério da Pesca declarou que pretende ampliar o acesso de aquicultores paraenses às chamadas  “Águas Marinhas sob domínio da União”, destinadas ao cultivo de ostra nativa.

Em Salinópolis, serão oferecidos mais de sete hectares de áreas localizadas em três parques aquícolas: Arapepó 1, 2 e 3.

Estes parques já contam com licença concedida pelo órgão ambiental local e, juntos, somam 17 áreas com capacidade para a produção de quase 30 toneladas de ostra por ano.

A expectativa do ministério é que os editais de oferta pública destas áreas, sendo 16 delas destinadas à aquicultura familiar, sejam lançados ainda este ano. Outros Parques Aquícolas já foram demarcados nas cidades de São João da Ponta, Curuçá e São João de Pirabas, todas no Pará.
 
Audiências públicas

O Ministério da Pesca promove uma série de audiências públicas com o objetivo de aprimorar as ações de implementação de parques aquícolas marinhos em todo o País.
Criação de ostra no rio Arapepó.Foto: Divulgação
Depois de Salinópolis, as próximas audiências públicas acontecerão nos estados do Maranhão nesta quinta-feira (23), Sergipe no dia 29 e Paraná em 4 de novembro.