ABASTECIMENTO
Decreto publicado ontem veda saída do produto entre
os dias 1 e 18 de abril
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Foto/Arquivo: Paulinho Pinheiro |
Foi
publicado ontem no Diário Oficial do Estado (DOE) o Decreto de Nº.
995/14, assinado na última quinta-feira pelo governador Simão Jatene,
que suspende a emissão de documentos necessários para a movimentação de
pescado in natura, fresco, resfriado e salgado para fora do estado do
Pará. A medida é válida no período que antecede a Semana Santa, de 1º a
18 de abril, e visa garantir o abastecimento interno e o equilíbrio no
preço do produto. Há exceção somente para peixe congelado com selo do
Serviço de inspeção Federal/SIF e produzido por indústrias registradas
no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A
fiscalização será feita nas barreiras das divisas com outros estados
como Maranhão, Tocantins e Mato Grosso, nas estradas e nos entrepostos
fluviais. A vistoria começará no mesmo período que consta como de
validade do decreto e será realizada pela Agência de Defesa Agropecuária
do Estado do Pará (Adepará). De acordo com o supervisor técnico do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), Roberto Sena, o Pará produz cerca de 200 mil toneladas de
peixe por ano. Isso torna o Estado o maior produtor do País, mas a
ausência de uma política macro para o setor da pesca, a falta de caixas
coletores e a inexistência de entrepostos pesqueiros para armazenar o
pescado no período de alta produção, faz com que o peixe sofra altas
consecutivas nas tabelas de preços.
"Acontece
que, a partir de novembro o pescado fica mais raro, por condições
naturais. Mas as exportações continuam a exigir praticamente a mesma
demanda. Isso faz com que o peixe vá subindo de preço nos meses que se
sucedem. Este ciclo é o mesmo há 26 anos", argumenta Sena. Ele afirma
que o decreto tem como objetivo garantir o abastecimento do mercado
interno, de forma emergencial, e assegurar um preço mais acessível para a
população. "Em função de haver mais pescados à disposição, é possível
haver queda no preço", enfatiza o supervisor. "O que nós esperamos é que
baixe, mas se não subir já está de bom tamanho".
Fonte: O Liberal
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