Comunidades de Pirabas
podem ser integradas à reserva extrativista.
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Porto da vila de Bom Intento, às margens do rio Maracanã. |
Pesquisadores do
Museu Emílio Goeldi estiveram no final de semana em trabalho de campo visitando
as comunidades de Bom Intento, Jararaca, trevo e Água Boa. A ação faz parte do
processo de ampliação da Reserva Extrativista Chocoaré-Mato-Grosso, área limítrofe
aos municípios de São João de Pirabas, Santarém Novo, Maracanã e Salinópolis.
Os pesquisadores
estão a serviço do instituto Chico Mendes de biodiversidade – ICMbio, com o
objetivo de realizar os estudos de viabilidade, etapa necessária ao projeto de
ampliação da reserva, iniciado no ano de 2007. Dentre as ações os profissionais
envolvidos na pesquisa realizaram palestras, entrevistas e aplicação das
metodologias para o diagnóstico socioeconômico junto à comunidade e o
mapeamento de rios e igarapés.
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Rodriguez, (esq) gestor da Resex Chacoaré Mato Grosso |
Em entrevista ao
programa de rádio “Café com Notícias”, o gestor da RESEX Chocoaré-Mato-Grosso,
Maximiliano Rodriguez, explicou a ação. “A ideia é identificar como essas
pessoas vivem e qual a relação delas com as áreas propostas a serem ampliadas; de
que forma elas usam os recursos naturais...”- salientou o gestor.
ENTENDA O CASO
A ampliação é
aguardada pelos moradores dessas comunidades, que utilizam-se do rio e do
mangue para as atividades de pesca e extração do caranguejo como os principais
meios de sustento de suas famílias. Como as comunidades de Jararaca, Trevo,
Água Boa e Bom Intento não fazem parte da Resex, estas não teriam o direito
legal de explorarem os recursos naturais da reserva, o que gerou um clima de
insatisfação e animosidade entre as comunidades.
Se aprovada a
ampliação da reserva, além do usufruto dos recursos naturais e das políticas
governamentais, as comunidades que pleiteiam a inclusão terão que cumprir as exigências
previstas pela legislação concernentes à preservação do meio ambiente.
NOVA UNIDADE
Além do projeto de
ampliação da RESEX Chocoaré-Mato-Grosso, com sede em Pedrinhas, no município de
Santarém Novo, Rodriguez informou ainda que em breve a equipe retornará ao
município para iniciar as pesquisas de viabilidade para a criação de uma
unidade de conservação em território Pirabense, em resposta a demanda das
próprias comunidades, ambientalistas, entidades e poder público, que poderá vir
a ser criada na área do Campo do Sal e adjacências.
A intensão segundo o gestor é criar uma linha
continua de proteção aos manguezais no nordeste paraense, permitindo o uso
sustentável dos recursos naturais pelas comunidades tradicionais.
Fotos: P@ulinho Pinheiro/Arquivo
Aline Cristina/SEMMA
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