Canarinhos de Pirabas, foi um dos grupos inventariado pelo IPHAN |
Pau que produz som. É esse o significado do termo
tupi "korimbó" que, por sua vez, originou o nome carimbó. Com o
tempo, carimbó deixou de referir-se apenas ao som dos tambores para significar
uma das tradicionais expressões culturais do estado do Pará e da região
amazônica brasileira. A expressão, que envolve música e coreografias típicas do
nordeste paraense, foi registrada como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
Hoje, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entrega,
oficialmente, o Título de Patrimônio Cultural ao Carimbó.
Em cerimônia no Museu do Estado do Pará, com a
presença do Diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, TT
Catalão, os detentores do saber receberão o título de patrimônio cultural. A
entrega consolida o reconhecimento dessa expressão como referência cultural
nacional. Além da cerimônia de entrega, serão realizadas palestras e
mesas-redondas abordando os temas das políticas de salvaguarda do patrimônio
imaterial e patrimônio cultural indígena na Amazônia.
Durante o evento, ainda será instalado o Comitê
Gestor da Salvaguarda do Carimbó, composto por mestres e representantes de
grupos da dança, indicados durante o I Congresso Estadual do Carimbó – ocorrido
em junho deste ano.
A iniciativa conta com a parceria da Secretaria de
Estado de Cultura do Pará (Secult-PA) e com a colaboração do Museu do Estado do
Pará. O evento integra a programação da Semana do Patrimônio Paraense, realizada
pela Associação dos Agentes de Patrimônio da Amazônia (Asapam).
Registro
O registro do carimbó foi aprovado por unanimidade
pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, formado por representantes da
União e da sociedade civil, no dia 11 de setembro de 2014. Criado no século
XVII por negros africanos do nordeste do Pará e com influências indígena e
ibérica, o carimbó se tornou uma das mais tradicionais expressões culturais da
região amazônica.
O registro foi comemorado em ato público,
em Belém (PA). Na ocasião, a presidente do Iphan, Jurema Machado, destacou
que o Estado é um parceiro na manutenção e na vitalidade do carimbó. "A
gente já sabe que ele é muito vivo, que a alegria e a riqueza da prática são
contagiantes por si só, que o carimbó seria capaz de se manter por mais um
século, como vem fazendo até então. Mas a responsabilidade do Estado é com
certeza um fator a mais desse nosso compromisso", afirmou.
Larissa Leite
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
Foto: Elcimar Neves
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