Umbandistas e demais
adeptos das religiões de matriz afro-brasileira preparam-se para celebrar o dia
devotado àquele que é considerado o protetor dos encantados na Amazônia - D.
Sebastião, que no imaginário dos nativos do município de São João de Pirabas,
no nordeste paraense, é conhecido na figura mítica do Rei Sabá.
Bombons, velas e bebidas como oferendas ao Rei Sabá |
Conta a lenda que séculos
após a batalha de Alcácer-Quibir, onde o exército português fora derrotado
pelos sarracenos no deserto do norte da África em 1578, o monarca lusitano
teria ultrapassado os portais da encantaria e vindo habitar em uma praia do nordeste
paraense - a ilha da Fortaleza, a trinta minutos de barco da sede do município.
Lenda ou mito à parte,
o município é bastante procurado nesta data por religiosos, estudantes,
jornalistas e turistas de todo o Brasil para prestigiar o culto a uma pedra natural
esculpida em forma de uma pessoa em posição de meditação de costas para o oceano,
onde acredita-se que D. Sebastião esteja ou já esteve encantado.
É nesse local de
beleza deslumbrante, considerado sagrado para as religiões afroamazônidas que
acontece a tradicional roda de tambores que consiste em rituais e oferendas ao
Rei Sabá, além de outras entidades da religiosidade cabocla nas figuras de
Jarina e Mariana, Yemanjá e Zé Raimundo, representadas em estátuas em tamanho
natural que completam a paisagem do complexo místico ao Rei Sabá, na praia do
Castelo.
Durante a celebração
religiosa organizada por associações de terreiros de pais e mães de santo da
região no complexo místico, a prefeitura municipal promove modalidades
esportivas como regata e futebol de areia, além de apresentações de grupos folclóricos
durante a programação.
Foto/Arquivo: Paulinho Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.