Complexo místico da pedra do Rei Sabá. Local é considerado sagrado por adeptos dos cultos afro amazonidas. Foto Arquivo: Paulinho Pinheiro |
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mais as 17h00 começarão as celebrações ao mítico “Rei Sabá”, abrindo o
calendário cultural no município de São João de Pirabas.
No
final da tarde de hoje, uma procissão sairá das proximidades da sede do Clube de Regatas União
em direção a igreja Matriz, onde o pároco local abençoará a imagem de São
Sebastião, mártir da igreja católica no século III, que será conduzida em um
andor em forma de uma embarcação, onde estará assentada a replica da imagem do mártir,
representando o momento em que recebeu as flechas que atravessaram seu corpo,
como sentença de castigo, ordenado pelo imperador romano Diocleciano, no ano 286 d.c.
A
procissão é tida como um momento de celebração entre as religiões, onde
católicos e adeptos das religiões de matriz afro se encontram numa demonstração
de respeito pela diversidade e tolerância religiosa. Após o ato ecumênico, uma
roda de tambores será a atração cultural da noite no complexo “Maria Pajé”.
No
sábado pela manhã acontecerá a tradicional peregrinação a praia do castelo, na
ilha da fortaleza, onde está pedra do rei Sabá e as estátuas das princesas turcas
Mariana e Jarina e ainda a de Yemanjá e do cabloco Zé Raimundo, que compõem o
complexo místico localizado em cima de um cemitério paleontológico.
A
pedra do Rei Sabá em Pirabas, como apontam estudos antropológicos, confirmam a
associação ao monarca da ultima dinastia de Aviz, que desapareceu na batalha de
Alcer-Quibir, no norte da África quando tentava retomar o território ao domínio cristão,
em 1577.
Para
os míticos amazônidas, rei Sebastião é o protetor dos encantados, para a gente
simples de Pirabas é um provedor de boas pescarias, cura de doenças, proteção
entre outras manifestações extraordinárias do imaginário coletivo local,
contadas em verso e prosa pelos artistas da terra.
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