As celebrações tiveram
início com uma missa ecumênica e logo em seguida a comunidade local prestigiou
a apresentação do toque de tambor dos terreiros representados no evento, que
ocorreu na noite de quinta (19) no complexo Cultural Maria Pajé.
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Ao centro do platô de rochas, a pedra do rei Sabá |
Na manhã de sexta (20) com o
clima e a tábua das marés favoráveis, milhares de pessoas atravessaram o rio
Pirabas para a ilha da Fortaleza. É nessa ilha, considerada sagrada para as
religiões afro amazônidas, que está a pedra do Rei Sabá, um monumento ao rei
encantado, que no imaginário coletivo dos pirabenses é o protetor da ilha e
também o provedor de boas pescarias. A ele também é creditado o poder da cura e
o castigo para quem ousar desdenhar de seu reino encantado.
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Orações e oferendas à pedra encantada |
Durante as celebrações,
vários grupos de matriz afro e da pajelança cabocla se revezam em cima de um
platô de rochas cenozóicas onde desta sobressai uma pedra, que vista de longe
assemelha-se a um homem sentado de costas para o mar, como se estivesse
meditando; É nesse monumento natural que
filhos, filhas, mães e pais de santo entre outros sacerdotes da encantaria
fazem suas oferendas e cultuam suas entidades.
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Diversos grupos de matriz afro comparecem a praia do Castelo |
Tal manifestação atrai
milhares de pessoas todos os anos para conhecer melhor o sincretismo que
acontece no litoral paraense envolvendo o culto ao rei, ao santo e ao orixá.
Fotos: Sandro Barbosa
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