Fim de recesso. Vereadores
voltam às atividades.
A julgar pelos os últimos acontecimentos da política pirabense, marcado
pelo afastamento do prefeito Cláudio Barroso pela justiça, e o vice Tonhão
assumindo interinamente, já dava pra se ter uma ideia de como seria a volta do
recesso parlamentar.
Na sessão de abertura do primeiro período legislativo de 2014, conduzida
pelo presidente da casa, vereador Tadeu Roza, realizada na manhã de sexta-feira
(21), com as galerias da câmara recebendo um expressivo número de munícipes, os
11 parlamentares iniciaram os trabalhos sob os olhares atentos da população.
Alguns mais exaltados chegaram a se manifestar com vaias, tendo como alvos os
vereadores Amarildo de Jesus (PR) e Pedro Nascimento “Pretinho” (PROS), desde
que adentraram o plenário.
Transcorrida a sessão solene de início da legislatura, os líderes
partidários usaram a tribuna para seus pronunciamentos. Elilde Maria (PTdoB), a
primeira liderança a se pronunciar, disse que apesar de ter atuado como
vereadora de oposição durante a gestão do prefeito Cláudio Barroso, sempre esteve
ao lado do povo, aprovando projetos de interesse da coletividade. Finalizou sua
fala desejando aos pares um ano legislativo bem produtivo.
Sob as vaias de alguns populares que estavam na galeria, o vereador
Amarildo de Jesus (PR) respondeu ao comportamento avesso à sua pessoa. “Se
essas vaias são porque eu defendo uma melhor escola, uma melhor merenda
escolar, iluminação pública no município, um município que tenha progresso,
podem ter certeza que eu ainda vou continuar pegando muitas vaias dessas. Essas
vaias é que me incentivam a trabalhar” – disse o líder da sigla progressista.
Salientou ainda que independentemente de quem esteja à frente do executivo, vai
continuar cumprindo com o seu papel de legislador.
Líder do PMDB, Antônio Oliveira “Daga”, em resposta ao comentário do
vereador Amarildo, que o antecedeu na tribuna, argumentou que assim como
circulam notícias ruins acerca do município nas redes sociais, as mesmas também
informam sobre as ações que já foram ou estão sendo feitas em favor da
população. Em relação à interinidade do executivo, o vereador disse que independentemente
do quê vier a acontecer, que a população continue a ser beneficiada com obras e
melhorias no acesso aos serviços públicos.
Ponto alto da sessão
Como líder da oposição, Amarildo de Jesus voltou à tribuna, e reiterou o
que havia dito, destacando uma série de situações que o município vem
atravessando, como a interrupção do fornecimento de energia em 6 escolas
municipais, 4 microssistemas de água, o prédio do conselho tutelar, entre
outras situações que desmoralizam o município, argumentou o edil.
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O clima esquentou entre os líderes. Foto: reprodução facebook |
Amarildo anunciou ainda que na terça-feira (25) autoridades da
secretaria de segurança do governo do estado estarão no município para discutir
a questão da violência, que em Pirabas, segundo o parlamentar, atingiu níveis
alarmantes.
Em seu pronunciamento, a líder do governo, vereadora Luciana Carneiro ao
falar sobre a atual conjuntura política do município, atentou para o fato de
que a maioria das pessoas que estavam nas galerias da casa, não concordavam com a
forma em que tal situação se instalou em Pirabas. Caso contrário, não se manifestariam com vaias aos integrantes da oposição.
A peemedebista fez questão de frisar que o prefeito eleito está
afastado, e não cassado, como afirmam alguns oposicionistas. “Até que se prove
o contrário, a pessoa que está sendo julgada, pressupõe-se a inocência, até um
parecer decisivo” – disse a líder do governo. Parafraseando um versículo
bíblico, a parlamentar pediu cautela à oposição. “É muito fácil você julgar os
outros, as vezes você está julgando com uma trave bem grande no seu olho, e não
consegue ver o seu erro”. Disparou.
Luciana Carneiro se refere aos processos que tramitam contra o vereador
Amarildo de Jesus, quando esteve à frente do legislativo. Segundo a líder do
governo, o vereador que presidiu a casa entre julho de 2010 a dezembro de 2012 tem
situação semelhante a do prefeito, e até que seja julgado, pressupõe-se a inocência
diante dos atos ilícitos dos quais é acusado. Entre as acusações de improbidade
que constam no tribunal, está a falta de prestação de contas da reforma do prédio
da câmara, que não existiu; o não pagamento dos salários de funcionários e
vereadores no último mês de 2012; entre outras pendências existentes.
“É muito fácil vir a esta tribuna dizer que está lutando pelo povo, a
favor do povo, pela melhoria do povo, sem olhar para os seus erros” – “Será que
tudo isso é realmente interesse de ajudar o povo, ou interesse próprio?” –
questionou Luciana Carneiro.
Ao encerrar a sessão, o presidente da casa, Tadeu Roza, lamentou a atual
situação que passa o município, conclamando aos edis, que independentemente da
decisão da justiça, todos devem desempenhar seus papéis como parlamentares,
contribuindo para o equilíbrio do debate democrático.
A próxima sessão ordinária está marcada para a sexta, 28.
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