Amigos e familiares despedem-se
do jovem Policial
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Desde que chegou a
cidade, na tarde de domingo, familiares e amigos do militar velaram o corpo de
Clebson num clima de muita tristeza e desolação, que aconteceu num primeiro
momento na igreja evangélica O Brasil para Cristo, para em seguida, por volta
das 23h00 ser trasladado para a residência da família, no bairro do bacuri, as
proximidades de onde foi sepultado.
O
acidente
Clebson estava na UTI
do hospital metropolitano desde a noite de terça, 18, após sofrer um acidente
de trânsito no momento em que retornava da orla da cidade para a sua residência
em sua motocicleta, quando foi atingido violentamente por uma moto conduzida
por um menor, provocando a queda do militar na via pública. O acidente ocorreu
por volta das 22h00 no cruzamento da rua Salustiano Vilhena Filho, em que Clebson
trafegava, com a travessa das mercês, de onde o menor aproveitando o declive do
perímetro, tentava fazer a moto que conduzia pegar no tranco.
No final da tarde de
sexta, 28, Garcia, como era chamado na corporação, evoluiu a óbito, tendo como
causa um traumatismo craniano.
Homenagens
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Honrarias militares marcaram solenidade póstuma |
Durante todo velório,
ocorrido no templo da igreja pentecostal O Brasil para Cristo e posteriormente
na residência onde morava com os pais, inúmeras pessoas foram prestar suas últimas
homenagens. Músicas evangélicas executadas por colegas integrantes da banda
municipal, com quem mantinha um forte vínculo mesmo após entrar na carreira
militar, expressavam o tom de melancolia que tomou conta da cidade.
O sentimento de perda
era visível não só entre os parentes, como também entre os amigos recentes de
farda, que exaltavam o perfil disciplinado de Clebson. “O Garcia sempre se
esforçou pra ser um bom militar, um bom aluno. Sua trajetória na policia
militar ficou marcada por sua disciplina”. Disse a Cabo PM Andresa. Opinião
compartilhada por todos os praças e oficiais que compareceram a solenidade,
entre eles o Tenente Luís Carlos do 11º BPM e o Capitão Barros da 1ª CIA de Salinópolis.
Para o pai, Claudeci
Costa, professor da rede estadual, o filho era um jovem determinado. “Ele um era
garoto muito determinado, as vezes quando me apresentava um problema, sempre me
surpreendia a forma de como ele resolvia” - disse o educador em seu discurso de
agradecimento a todos que o apoiaram no momento de dor.
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Com os amigos e o filho em uma das apresentações da banda de música. |
Companheiro de longas
datas e remanescente da primeira geração de músicos da banda municipal, da qual
Clebson também fez parte, o trompetista Otoniel, muito emocionado, resumiu o
sentimento de perda pelo amigo. “Tocamos tantas vezes juntos, muitas vezes só
nós dois, só pra representar a banda; mas nunca pensei em tocar pro meu amigo
nessas circunstâncias” – disse o músico ao ser amparado por um amigo militar.
Ao adentrar o
cemitério municipal, após o cortejo percorrer a quadra do bairro onde viveu
desde a infância, Clebson recebeu as honrarias militares com salvas de tiros. Depois
foi recebido com a execução dos hinos nacional e da polícia militar, além de
músicas religiosas cantadas por todos que foram prestar suas homenagens ao
jovem policial e solidariedade à família.
Pacientes
receberão órgãos
Segundo informações
prestadas por uma tia de Clebson, já foram encontrados os pacientes compatíveis
para receberem o fígado e os rins doados. Um paciente do Rio de Janeiro e outro
de Tailândia, no interior paraense, receberão os órgãos.
Aprovado no último concurso da polícia militar, Clebson, há quase um ano estava
exercendo a profissão na I CIPM de Salinópolis. Era filho de Vanderléia Garcia
e Claudeci Santa Brígida Costa, e pai de João Vitor (8).
Fotos: Paulinho Pinheiro / reprodução facebook
Arte: JR Queiroz
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