EMGS garante que equipamento achado em Pirabas não
oferece risco à saúde e ao meio ambiente. Ibama confirma.
Sonda no quintal de pescador foi motivo de preocupação |
A empresa
norueguesa Electromagnetic Geoservices (EMGS), proprietária do equipamento encontrado
no município de São João de Pirabas, nordeste paraense, informou ontem que o
objeto não oferece nenhum malefício a saúde humana ou ao meio ambiente. O
diretor responsável pela EMGS no Brasil, Ricardo Perrone, explicou que o
equipamento é um receptor de ondas eletromagnéticas responsável por armazenar
dados recebidos de um emissor de sinais que geralmente fica localizado em um
barco durante o serviço. Depois o receptor é resgatado para análise dos dados e
verificar a presença de petróleo no subsolo. “Não existe perigo nenhum para
quem achou isso. A pessoa pode ficar tranquila, a gente tem dispensa de licença
do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renpváveis)
para os receptores”, disse Perrone.
O receptor
foi encontrado por um grupo de pescadores no dia 18 de dezembro do ano passado.
O equipamento gerou preocupação na família que guarda o objeto e na Secretaria
Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Pirabas, que desconheciam o objeto. De
acordo com Perrone, possivelmente o receptor teve um problema no momento de vir
à superfície. A EMGS tentou encontrar o objeto, mas não conseguiu reavê-lo. “É
muito difícil de acontecer. Isso é quando é dado o sinal para o receptor, mas
ele não se desprende da âncora. A companhia tenta capturar o receptor, mas
quando não consegue dá ele como perdido. Essa corda deve ter se desgastado e a
corrente levou ele para alguma praia”, explicou.
Perrone
confirmou que a empresa entrou em contato com os pescadores para buscar o
receptor magnético, mas enfrentou problemas burocráticos e também porque as
transportadoras consideram a região remota para pegar o objeto e transportá-lo
até o Rio de Janeiro. Ele afirmou ainda que tudo já foi resolvido para que na
próxima semana a EMGS busque o receptor. Este teria sido o único receptor
perdido no Estado do Pará. A EMGS destacou ainda que trabalha com centenas de
receptores por serviço e que poucos apresentam problemas. O último trabalho da
companhia foi realizado durante os anos de 2011 e 2013 na costa brasileira. E
um mapeamento foi realizado na foz do rio Amazonas.
“Toda
companhia que opera na área de petróleo precisa de autorização do Ibama e da
ANP (Agência Nacional de Petróleo). No caso do Ibama, depois de várias reuniões
que duraram quatro anos e estudos os técnicos do Ibama concluíram que os
receptores tem baixíssimo impacto ambiental. Ele dispensa a EMGS dessa
licença”, explicou Perrone.
Contato - A
EMGS ainda entrou em contato ontem com a dona de casa Kleane Conceição, 30
anos, esposa do pescador Juvenal Fonseca de Aviz, 36 anos, para reaver o
objeto. Entretanto, como Kleane assinou um termo na Secretaria Municipal de
Meio Ambiente (Semma) de Pirabas, ela não quis entregar o receptor sem a
autorização do órgão e do marido que está trabalhando. A empresa ficou de
entrar em contato novamente na próxima segunda-feira, 19, para conversar com o
pescador Juvenal.
O Ibama
informou que não cabe nenhuma ação neste caso. O Ibama declarou que teve
conhecimento do caso, mas não há providências a serem tomadas, já que os danos
ao meio ambiente são mínimos, já que as sondas utilizam ondas eletromagnéticas
para que não haja a necessidade de coletar material para análise. A Petrobras
foi procurada novamente pela reportagem, mas não enviou nenhuma resposta.
Fonte: Amazônia News
Fonte: Amazônia News
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