Morte no trânsito revolta população de Pirabas. Polícia precisou conter os revoltados.

Tumulto nas primeiras horas do dia em Pirabas após mototaxista ser atropelado por uma caçamba, no bairro da cidade velha, área portuária da cidade.

O acidente que vitimou fatalmente Anderson Silva da Fonseca (29) conhecido por “andinho” e seu irmão Fábio Silva da Fonseca, que fraturou o fêmur direito, ocorreu por volta das 7h00 da manhã, no cruzamento da rua Salustiano Vilhena Filho e travessa dos Mercadores.

As primeiras informações, ainda não confirmadas, dão conta que o motorista de uma caçamba que tinha acabado de abastecer em um posto às proximidades, supostamente teria invadido a preferencial em velocidade não recomendada para o perímetro urbano. Transeuntes que passavam pelo local no momento da colisão, afirmaram à reportgem que o motorista da caçamba não tomou os cuidados necessários ao cruzar a via, e que ao colidir com a motocicleta, o motorista ao empreender fuga acabou atingindo Anderson, que estava no chão, evadindo-se do local sem prestar socorro às vitimas. 

Ainda de acordo com a versão dos transeuntes, Anderson teve a cabeça atingida parcialmente pelo pneu traseiro do veículo, quebrando o capacete que a vítima usava, causando-lhe a morte ainda no local. O corpo do motociclista só foi removido pelo IML de Castanhal por volta do meio dia. Fabio, que viajava na garupa, foi encaminhado para o hospital de pequeno porte, e não corre risco de morte.

O condutor da caçamba identificado por Roosilvelt Silveira Alencar da Rosa foi detido pela polícia e encaminhado para a DEPOL de Pirabas. Visivelmente abalado, o motorista não soube explicar o ocorrido. O clima de comoção e a revolta dos populares fez com que a polícia transferisse o condutor para a Depol de Salinópolis, evitando o iminente linchamento. 

TENSÃO

De acordo com relatos do delegado Bruno Brasil, delegado plantonista em Capanema, enviado para gerenciar a crise instalada por conta da fatalidade, cerca de 40 pessoas tentaram depredar o prédio da delegacia e atear fogo na caçamba. O prédio da delegacia teve as janelas de vidro e o telhado parcialmente quebrados por pedras atiradas pelos revoltosos. Diante da ameaça dos mais exaltados, a polícia teve que conter o clima de animosidade dos populares usando spray de pimenta e bombas de efeito moral na tentativa de dispersar a multidão. 

A situação só foi controlada com a chegada de reforço policial com aproximadamente 50 homens do grupo tático operacional de Salinopólis, Castanhal e Capanema. Uma guarnição do corpo de bombeiros de Salinópolis também foi enviada para o local.