sábado, 21 de janeiro de 2023

O SINCRETISMO RELIGIOSO E AS CELEBRAÇÕES NA PEDRA DO REI SABÁ.

 

As celebrações tiveram início com uma missa ecumênica e logo em seguida a comunidade local prestigiou a apresentação do toque de tambor dos terreiros representados no evento, que ocorreu na noite de quinta (19) no complexo Cultural Maria Pajé.

Ao centro do platô de rochas, a pedra do rei Sabá


Na manhã de sexta (20) com o clima e a tábua das marés favoráveis, milhares de pessoas atravessaram o rio Pirabas para a ilha da Fortaleza. É nessa ilha, considerada sagrada para as religiões afro amazônidas, que está a pedra do Rei Sabá, um monumento ao rei encantado, que no imaginário coletivo dos pirabenses é o protetor da ilha e também o provedor de boas pescarias. A ele também é creditado o poder da cura e o castigo para quem ousar desdenhar de seu reino encantado.

Orações e oferendas à pedra encantada


Durante as celebrações, vários grupos de matriz afro e da pajelança cabocla se revezam em cima de um platô de rochas cenozóicas onde desta sobressai uma pedra, que vista de longe assemelha-se a um homem sentado de costas para o mar, como se estivesse meditando;  É nesse monumento natural que filhos, filhas, mães e pais de santo entre outros sacerdotes da encantaria fazem suas oferendas e cultuam suas entidades.

Diversos grupos de matriz afro comparecem a praia do Castelo


Tal manifestação atrai milhares de pessoas todos os anos para conhecer melhor o sincretismo que acontece no litoral paraense envolvendo o culto ao rei, ao santo e ao orixá.

Fotos: Sandro Barbosa

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