sábado, 26 de julho de 2014

Automobilismo. Pirabas na rota do Rallye do Sol

Competição de regularidade e aventura bate recorde

Por Gustavo Pena/GE


Foto/Arquivo: Paulinho Pinheiro
Quase 250 aventureiros caíram na estrada na manhã deste sábado, encarando os desafios da 18ª edição do Rallye do Sol, que em 2014 registrou um número recorde de participantes, 245, divididos em carros, motos e quadriciclos. A largada aconteceu às 7h30 de um ponto de concentração no município de Benevides, com os motoristas e pilotos tendo pela frente cerca de 250 quilômetros de trilhas até a cidade de Salinópolis.

Nada de cálculos matemáticos ou concentração na prova marcada pela regularidade. O que moveu os irmãos Murilo e Marcelo Gonçalves a participarem pela primeira vez do Rallye do Sol foi o espírito de aventura em um fusca cross, totalmente adaptado para encarar os locais com obstáculos. Eles levaram cerca de seis meses para deixar a herança de família pronta para a competição, em um investimento de aproximadamente R$ 10 mil.

Foto: Gustavo Pêna
Esse fusca é de 1984 e adaptamos para participar do Rallye do Sol. Estamos participando pela primeira vez de um evento tão grande, então é um desafio. Não estamos muito preocupados com o tempo que vamos levar para cruzar a linha de chegada. O nosso objetivo é participar e conseguir completar o percurso – disse Murilo, que foi o piloto e teve Marcelo como navegador - responsável por dar as coordenadas do trajeto ao motorista.

Já um grupo de 15 pessoas entre amigos e familiares chamado de “Siga-me os bons” participa no rallye há quatro anos. São três pilotos de moto, enquanto que o restante fica dividido em três carros para dar apoio aos competidores. Entre eles está Felipe Almeida, que ficou em quinto lugar na prova do ano passado. 

- Me preparei mais para a prova nesse ano. Foi muito planejamento e organização. É importante também contar com essa equipe de apoio, que dá todo o suporte para que nós, pilotos, possamos chegar até o final com mais vontade e segurança. Apesar da gente querer competir, o Rallye do Sol proporciona um momento de muita confraternização entre amigos e familiares.

Foto/Arquivo: Paulinho Pinheiro
As provas de quadriciclos são as mais disputadas e difíceis do Rallye do Sol, pois o veículo tem dificuldades para passar em curvas e locais mais alagados. Para Jairo Rondinelle, que participa da prova pelo quinto ano e faz parte do Grupo de Quadriciclo Paraense, a cooperação entre os competidores é importante ao longo das oito horas de percurso.

- É preciso muita habilidade nas curvas, que são bastante difíceis, além dos lagos, onde geralmente os quadriciclos afundam. Mas para quem quer participar de um rallye como o do Sol, é preciso estar preparado para encarar tudo. É por isso que essa parceria, essa cooperação entre os participantes é muito importante na hora das dificuldades, pois todo mundo se ajuda – disse Rondinelli.

Após passar por 40 localidades e municípios, a primeira moto deve concluir o Rallye do Sol por volta das 16h30. De acordo com Fernando Maia, presidente da Federação Paraense de Automobilismo (Fepauto), a edição 2014 do rally conta com uma novidade.

Foto/Arquivo: Paulinho Pinheiro
- Além do número recorde de participantes, o Rallye do Sol neste ano tem como novidade a divulgação, na chegada em Salinas, do desempenho individual de cada um dos participantes, para que eles possam ter ideia do que fizeram de certo ou errado ao longo do percurso – explicou, informando, ainda, que as cerca de 80 premiações dos melhores colocados entre pilotos e navegadores deve acontecer em agosto.

Um dos pontos mais críticos da rota acontece em território pirabense com a travessia do rio Axindeua, às proximidades da Vila Nova II. Com o nível da água em 1 metro de profundidade, num leito de pedras e irregularidades, os pilotos demonstram arrojo e habilidade no último obstáculo natural antes da chegada em Salinas

O Rallye do Sol é promovido pela Federação Paraense de Automobilismo (Fepauto) e Federação Paraense de Automobilismo (Fepam), em parceria com as Organizações Romulo Maiorana.

 

 

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