domingo, 13 de dezembro de 2015

LITERATURA. Conheça Antônio Inajá, escritor das histórias fantásticas que contavam os salinenses.





Antônio Inajá, seus livros e parte da história do clã Fonseca
Na manhã de sábado (12) tive a satisfação de fazer uma visita ao escritor Antônio Inajá, que gentilmente recebeu-me em sua residência, no bairro Taperinha, em Salinópolis. Visita esta adiada várias vezes por conta de alguns imprevistos, mas, em fim realizada.

Antônio Inajá, é um daqueles amantes da boa leitura e um apaixonado pela literatura, e já há alguns anos, vem dedicando boa parte de seu tempo em pesquisas que já estão ajudando a resgatar um pouco da memória da atlântica Salinas. É um trabalho solitário, longe da atenção da mídia e, principalmente daqueles que deveriam incentivar iniciativas como a sua - a de resgatar a história de um povo.

Meu interesse pelo trabalho de Inajá teve inicio quando soube, através do acadêmico Rafael Coimbra, que o mesmo havia realizado algumas pesquisas das quais, naquele momento, estaria precisando para dar embasamento histórico a narrativa de um spot que foi veiculado na rádio Litoral FM, em homenagem ao Círio de Nazaré em Pirabas, no ano de 2011.

O assunto é conhecido pelos mais antigos - "A revolta dos Fonsecas ou dos pescadores". Porém, considerando eu, que o fato que originou o Círio de Nazaré em Pirabas, estivesse à sombra das festividades da quadra nazarena, resolvi conta-la às novas gerações graças às pesquisas desse salinopolitano. 

O papo descontraído por mais de uma hora e meia revelou muita coisa em comum, inclusive o ligeiro grau de parentesco, já que observando nossa genealogia, nossos antepassados são originários da então pulsante vila do Inajá. 
Antonio Inajá, tem dois títulos publicados: Histórias Fantásticas e Extraordinárias que contavam os salinenses; e  Maruim e outros contos (Ed. SAINTmel). Livros estes gentilmente ofertados à nossa redação. 

O primeiro, é um livro de contos, onde muitos “causos”, daqueles que hoje em dia já nem se houve mais falar, ganham vida no resgate das narrativas que por várias gerações foram contadas, mas, atualmente adormecidas no imaginário popular, como a “sapa do caranã”, “a botija de ouro”, “as assombrações da rua Ezequiel”. Sobre o segundo livro, particularmente, a história do destemido Clarel e suas proezas, merece destaque.

“Temos não só o dever, mas a obrigação de conservar nossas tradições, sejam elas oral ou escrita” – diz o escritor.



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