Alunos do terceiro ano da escola Dom Bosco, em Salinópolis, participaram de evento alusivo aos 124 anos de criação do município, e para comemorar a data a escola promoveu uma programação que agregou o passado, o presente e as expectativas de futuro que especulam para a cidade.
O evento intitulado “SALINÓPOLIS:
124 ANOS CELEBRANDO A DIVERSIDADE E A CULTURA LOCAL foi realizado nos períodos
da manhã e tarde, no auditório da casa da cultura que recebeu um bom público
para as palestras com autores e produtores de cultura locais, exposição de
fotografias e pinturas que retrataram as transformações pelas quais a cidade
passou no decorrer dos anos.
Entre os convidados os
alunos tiveram a oportunidade de conhecer as obras literárias de Dicão
Ferreira, que além dos livros lançados retratando a cidade em verso e prosa,
também presenteou o público com suas artes visuais, resgatando em suas pinturas
a memória de uma cidade que ficou no passado, criando um sentimento de
nostalgia em quem vivenciou aquela época. A cidade de Salinas, para Dicão Ferreira
inspira as pessoas a fazerem arte. “Quem não canta escreve, quem não escreve
canta, quem não faz nada disso, dança”. “Foi observando o ambiente natural que
o hino de Salinas foi composto por Antonieta Serra Freire, que usou elementos
que tipificam a cidade” - disse o cronista ao conceder entrevista à imprensa.
Outro palestrante de
destaque foi o historicista Maurício Botelho, pesquisador da historicidade
salinopolitana e conhecedor de nuances que ajudam a reconstituir um passado que
muitos ainda desconhecem, passado este que vem sendo desvendado com a atuação
de Botelho nas redes sociais onde publica suas pesquisas. Botelho também é
considerado por muitos como um dos guardiões da memória local.
Os alunos ainda tiveram a oportunidade
de conhecer o trabalho de novos produtores de cultura que atuam nas áreas da
fotografia, música, literatura entre outros tipos de artes que visam o
empoderamento da sociedade, especialmente jovens, negros e mulheres na busca
pela da cidadania. Nesse novo movimento cultural estão nomes como o da
escritora Amanda Souza, o produtor Elder Yoshida, a fotógrafa Jamile Correa, a
historiadora Marta Vieira e o poeta e agitador cultural Ramsés.
Fruto da nova geração de salinopolitanos,
a estudante Nicole Fontel se mostrou interessada em conhecer mais sobre a história
de Salinas e tal interesse se deu após a leitura dos livros de Dicão Ferreira,
revelou a discente, que atuou como moderadora nas palestras.
O encontro que uniu
gerações e proporcionou a troca de conhecimento entre alunos e palestrantes foi
idealizado pela professora Carmem Ceres, que contou com a colaboração das professoras
Adriane Teixeira e Lilian Garcia e apoio dos alunos, equipe gestora da escola e
UFPA.
Para Carmem Ceres “esse é o
espaço que a sociedade é convidada a refletir, conhecer suas origens e se
reconhecer como agentes da história, fortalecendo a identidade e o sentimento
de pertencer ao lugar. E assim a escola trabalha a autoestima da comunidade e
valoriza a sua cultura” – enfatizou a educadora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.