quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

20 de Janeiro, Pirabas celebra a tradicional festa ao Rei Sabá.



Umbandistas e demais adeptos das religiões de matriz afro-brasileira preparam-se para celebrar o dia devotado àquele que é considerado o protetor dos encantados na Amazônia - D. Sebastião, que no imaginário dos nativos do município de São João de Pirabas, no nordeste paraense, é conhecido na figura mítica do Rei Sabá.
Bombons, velas e bebidas como oferendas ao Rei Sabá
Conta a lenda que séculos após a batalha de Alcácer-Quibir, onde o exército português fora derrotado pelos sarracenos no deserto do norte da África em 1578, o monarca lusitano teria ultrapassado os portais da encantaria e vindo habitar em uma praia do nordeste paraense - a ilha da Fortaleza, a trinta minutos de barco da sede do município.
Lenda ou mito à parte, o município é bastante procurado nesta data por religiosos, estudantes, jornalistas e turistas de todo o Brasil para prestigiar o culto a uma pedra natural esculpida em forma de uma pessoa em posição de meditação de costas para o oceano, onde acredita-se que D. Sebastião esteja ou já esteve encantado.
É nesse local de beleza deslumbrante, considerado sagrado para as religiões afroamazônidas que acontece a tradicional roda de tambores que consiste em rituais e oferendas ao Rei Sabá, além de outras entidades da religiosidade cabocla nas figuras de Jarina e Mariana, Yemanjá e Zé Raimundo, representadas em estátuas em tamanho natural que completam a paisagem do complexo místico ao Rei Sabá, na praia do Castelo.
Durante a celebração religiosa organizada por associações de terreiros de pais e mães de santo da região no complexo místico, a prefeitura municipal promove modalidades esportivas como regata e futebol de areia, além de apresentações de grupos folclóricos durante a programação.  

Foto/Arquivo: Paulinho Pinheiro 

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