quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Comunidade LGBT faz ato público contra a intolerância e o preconceito


A intenção de reagir pacificamente às ameaças que dominaram as redes sociais nos últimos dias que antecederam o desfile alusivo às comemorações da independência do Brasil, jovens da comunidade LGBT, simpatizantes, movimentos sociais e religiosos, profissionais de saúde, educação e assistência social foram às ruas em ato de repúdio contra as manifestações de ódio e intolerância.

Entenda o caso
Ato chamou atenção da cidade para o discurso de preconceito
e ódio nas redes sociais. Foto: reprodução Facebook 
A onda de palavras ofensivas e incitação à violência não se deu as vias de fato, mas, com grande repercussão nas redes sociais via facebook e whatsap, desde o momento em que a escola Francisco Nunes se propôs a levar para o desfile da semana da pátria o tema: “Respeito e diversidade”, integrador do tema central deste ano: Brasil! Independência, democracia e cidadania. Os pelotões traziam vários tipos de diversidade: religiosa, étnica, de conhecimentos e a de gênero. Após  descoberta do subtema, por um grupo de pessoas que deturparam a proposta da escola, os ânimos se acirraram e muitas pessoas passaram a se manifestar de forma agressiva, discordando da posição da escola referente ao subtema, o que seria um direito, se não fossem as ameaças e a incitação à violência.
Pela repercussão negativa, a direção da escola decidiu não participar da programação alusiva à semana da pátria deste ano. O que também gerou descontentamento do público LGBT, simpatizantes e demais categorias, que viam no desfile a vitrine para abordar junto à sociedade o tema da diversidade de gênero.
O debate então viralizou com a discussão acalorada em grupos das redes sociais. E como alternativa à essa situação e chamar a atenção da sociedade para a gravidade do problema, um ato realizado na tarde de quarta-feira (5) levou um grupo de pessoas a se manifestar contra o comportamento considerado agressivo e homofóbico. O ato reuniu pessoas que vivem relacionamento homoafetivos e simpatizantes, como também pelos profissionais de várias áreas que trabalham na execução de politicas públicas e defesa dos direitos humanos e sociais.
O acontecimento aglutinou cerca de 500 pessoas que saíram do posto fiscal até a praça da bandeira contando com a presença e o apoio de uma massa intelectual que faz parte de  instituições que atuam no processo da garantia e fortalecimento dos direitos, como professores do curso de Serviço Social da UFPA,  membros da SEJUDH, OAB/PA, representante do Conselho Estadual da Diversidade e de conselheiras do CRESS/PA entre outros.
 “O ato trouxe como objetivo maior a garantia do respeito à todas as formas de amar” – ressaltou a assistente social, Luciana Tavares.
O caso ganhou repercussão na imprensa da capital paraense.



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