quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O que Pirabas tinha haver com o Museu Nacional?



Museu Nacional guardava material fóssil da formação Pirabas
Se o Museu Nacional na quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro e o Museu Paraense Emílio Goeldi foram parceiros em muitas empreitadas na prospecção do conhecimento científico, então é possível que fragmentos da história de Pirabas também tenha sofrido a ação do fogo que destruiu 200 anos do nosso patrimônio científico nacional. Basta lembrar que o pesquisador Ferreira Penna na segunda metade do século XIX, esteve por esses rincões da Amazônia Atlântica, pois as rochas cenozóicas que compõem o sítio paleontológico, situado na nossa paradisíaca Ilha da Fortaleza foram objetos de seus estudos. Daí bateu a curiosidade: e se de repente, o museu, agora em escombros, guardasse algum exemplar de fóssil da formação Pirabas?
Pois esse fóssil existe, ou melhor existiu! 
Numa pesquisa superficial, foi fácil encontrar no SETOR DE PALEOVERTEBRADOS, na COLEÇÃO DE TIPOS E FIGURADOS (8/1997) a catalogação do exemplar de dente de um predador que habitou os mares de Pirabas: o temível tubarão branco. O exemplar do dente tem 12,5 cm dá a exata noção do tamanho do animal marinho.

Fóssil de dente com 12,5 cm pertenceu à espécie de Tubarão
branco que habitou o mar de Pirabas. Foto: MPEG


Ginglymostoma obliquum (Leidy). MN 2644-V. Figurado. Dente lateral. Ilha de Fortaleza, baía de Pirabas, São João de Pirabas,município de Salinópolis, estado do Pará. Formação Pirabas. Mioceno - Silva Santos & Travassos, 1960: 13, fig. texto 6, est. I,fig. 11
http://www.museunacional.ufrj.br/…/DGP_Paleoverte_Colecao-t…
Essa é apenas uma pequena prova de que o Museu Nacional era o guardião da nossa história quanto país, com produção de ciência e conhecimento.



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