quinta-feira, 12 de novembro de 2015

CULTURA. Carimbó recebe título de Patrimônio Cultural Nacional



Canarinhos de Pirabas, foi um dos grupos inventariado pelo IPHAN

Pau que produz som. É esse o significado do termo tupi "korimbó" que, por sua vez, originou o nome carimbó. Com o tempo, carimbó deixou de referir-se apenas ao som dos tambores para significar uma das tradicionais expressões culturais do estado do Pará e da região amazônica brasileira. A expressão, que envolve música e coreografias típicas do nordeste paraense, foi registrada como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Hoje, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entrega, oficialmente, o Título de Patrimônio Cultural ao Carimbó.

Em cerimônia no Museu do Estado do Pará, com a presença do Diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, TT Catalão, os detentores do saber receberão o título de patrimônio cultural. A entrega consolida o reconhecimento dessa expressão como referência cultural nacional. Além da cerimônia de entrega, serão realizadas palestras e mesas-redondas abordando os temas das políticas de salvaguarda do patrimônio imaterial e patrimônio cultural indígena na Amazônia.

Durante o evento, ainda será instalado o Comitê Gestor da Salvaguarda do Carimbó, composto por mestres e representantes de grupos da dança, indicados durante o I Congresso Estadual do Carimbó – ocorrido em junho deste ano. 

A iniciativa conta com a parceria da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult-PA) e com a colaboração do Museu do Estado do Pará. O evento integra a programação da Semana do Patrimônio Paraense, realizada pela Associação dos Agentes de Patrimônio da Amazônia (Asapam).

Registro 

O registro do carimbó foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, formado por representantes da União e da sociedade civil, no dia 11 de setembro de 2014. Criado no século XVII por negros africanos do nordeste do Pará e com influências indígena e ibérica, o carimbó se tornou uma das mais tradicionais expressões culturais da região amazônica.

O registro foi comemorado em ato público, em Belém (PA). Na ocasião, a presidente do Iphan, Jurema Machado, destacou que o Estado é um parceiro na manutenção e na vitalidade do carimbó. "A gente já sabe que ele é muito vivo, que a alegria e a riqueza da prática são contagiantes por si só, que o carimbó seria capaz de se manter por mais um século, como vem fazendo até então. Mas a responsabilidade do Estado é com certeza um fator a mais desse nosso compromisso", afirmou.


Larissa Leite
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
Foto: Elcimar Neves



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