quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Operação Calça Curta em Pirabas

Nelson Medrado e Arnaldo Azevedo comandaram a operação
Foto: Fernanda Palheta
Com o sugestivo nome de "Operação Calça Curta", batizada pela própria população em alusão ao prefeito Luís Cláudio Teixeira Barroso (PMDB), reeleito em 2012, nossos heróicos guardiões da lei, procurador de Justiça Nelson Pereira Medrado, coordenador do Núcleo de Combate à Corrupção e à Improbidade Administrativa do MPE-PA, e o promotor de Justiça coordenador do Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Arnaldo Azevedo, começaram hoje de madrugada a devassa em São João de Pirabas, onde a promotora Sabrina Daibes Amorim se uniu à equipe, integrada também pelo auditor do TCM-PA, Antônio Severino Filho.

"O povo denunciou e pediu providências e o Ministério Público respondeu. Fizemos uma operação para desmontar essa quadrilha de empresas especializadas em fraudar processos licitatórios. O que é pior, algumas delas já são contumazes e participaram das fraudes na Alepa, desmontadas pelo MP em 2011. O mais grave de tudo isso é que detectou-se nessa operação que empresas que foram flagradas no caso Alepa hoje estão migrando para o interior organizando quadrilhas especializadas em fraudar pregões nessas prefeituras. Somente uma análise mais apurada poderá apontar o montante de recursos financeiros que beneficiou os envolvidos no esquema de corrupção no poder municipal”, disse, indignado, o procurador de Justiça Nelson Medrado. 

Por enquanto, está estimado em R$60 milhões o montante de recursos financeiros desviados no esquema, só de 2010 para cá. 

presidente da comissão de licitação e o contador da prefeitura confessaram a montagem de processos fraudulentos: “a maioria das licitações nem é feita. Somente o pagamento é feito. Pior, por um serviço não realizado e, em outras situações, não há entrega nem de obras, nem de equipamentos.” Inquiridos por que assinavam as licitações, responderam candidamente: “o prefeito mandava”. Os dois depuseram na condição de testemunhas, em Santarém Novo, município vizinho, por não existir fórum em São João de Pirabas. 

Os documentos e HDs de computadores apreendidos comprovam irregulares na montagem de processos licitatórios, no âmbito da administração municipal, referentes a contratos de prestação de serviços e obras. Alguns ainda estavam em fase de confecção. Tudo foi transportado para Belém e ficará sob a guarda do MPE-PA para análise e perícia. 

Há anos circula um alentado dossiê com graves denúncias contra o prefeito de Pirabas. Pelo jeito, agora o novelo começa a desenrolar. É bom que se espraie por todo o Pará.

Fonte: Blog da Franssinete Florenzano

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.