sábado, 1 de setembro de 2012

POLÍCIA

Preso bando acusado de vários crimes

A Polícia Civil prendeu, na tarde de ontem, no município de São João de Pirabas, a maior quadrilha da região nordeste do Estado. O grupo é responsável por assaltos, homicídios, tráfico de drogas e contrabando de armas. Pelo menos sete pessoas foram presas na ação que ficou denominada como “O fim das quadrilhas”.

A ação para prender os criminosos começou ainda pela manhã, quando os policiais da Superintendência do Salgado e do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) se deslocaram para o município de São João de Pirabas e encontraram e equipe da região da zona bragantina. Os policiais tinham a informação de que o grupo planejava um assalto na quinta-feira, mas o roubo acabou sendo adiado para sexta. Antes de os integrantes entrarem em ação, os policiais identificaram um carro com dois elementos num ramal da zona rural de Pirabas. A dupla confessou que fazia parte da quadrilha e “entregou” onde o restante do grupo estava escondido. Após um cerco policial, a casa que ficava na cidade foi invadida. Dentro havia mais quatro integrantes, todos fortemente armados. “Estavam com as armas na cintura e preparados para cometer o assalto. Felizmente conseguimos chegar minutos antes de eles saírem. Um deles ainda pensou em reagir, mas depois desistiu, disse que tinha perdido”, disse o superintendente da zona do Salgado, delegado Luiz Xavier.

Segundo informações da Polícia Civil, o grupo cometia assaltos a residências, fazendas, saidinhas bancárias e traficava em pelo menos dez municípios. “Eles são chamados ‘clinico geral’, fazem de tudo. Nos municípios de Castanhal, Capanema, Bragança, Ourém, Santa Maria, Santa Luzia, Pirabas, Santarém Novo, Nova Timboteua, Vizeu e São Miguel do Guamá, eles têm envolvimento em diversos crimes”, disse o delegado Augusto

Damasceno.

Com os acusados foram encontrados um grande arsenal, como 4 revólveres calibre 38 com trinta munições, 1 pistola ponto 40, de uso exclusivo da polícia, 18 celulares, três porções de cocaína, capuz usado para sequestrar as vítimas e uma farda completa da Polícia Militar. “Ficamos surpresos com todo esse poderio que foi apreendido. A farda da PM era usada nos assaltos. Quem usava tinha a obrigação de facilitar o serviço da quadrilha”, contou Damasceno.

O grupo ainda teria cometido diversos homicídios pela região nordeste do Estado. Só em Castanhal, cinco crimes estão sendo investigados, mas o que chamou a atenção da equipe policial foi um duplo homicídio ocorrido em fevereiro, no município de Ourém. “As vítimas, depois de assaltadas, foram amarradas e queimadas dentro do veículo, um crime bárbaro cometido por essa quadrilha”, disse o delegado Temmer Khayt.

Foram presos em flagrante Thales Kildere Alves Dantas, 19, Luan Carlos Dias Pastana, 22, Wanderson Fernando da Silva, 21, Marília Costa Pina, 22, Giovane Nascimento Oliveira, 20, Marcelo Lobo do Nascimento, 32, e Raimundo Regivan de Sousa, 27. De acordo com o delegado Luiz Xavier, a quadrilha é considerada da mais alta periculosidade, sendo que Luan e Thales eram os responsáveis pela articulação do grupo. “Apesar da idade, eles que diziam o local e quem seriam assaltados. Eles têm pelo menos quatro prisões preventivas decretadas e são extremamente perversos durante os assaltos às residências. Depois de amarrar as vítimas, eles cuspiam e ameaçavam estuprar as mulheres na frente dos maridos. Depois que foram presos, tentaram negar os crimes dizendo que são servos de Deus, mas é totalmente ao contrário. São servos do demônio. Em dois meses tiramos de circulação quatro quadrilhas”, concluiu o delegado Luiz Xavier.
(Diário do Pará)

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