sábado, 17 de janeiro de 2015

MEIO AMBIENTE. Empresa vai buscar receptor encontrado por pescadores em Pirabas


EMGS garante que equipamento achado em Pirabas não oferece risco à saúde e ao meio ambiente. Ibama confirma.
 


Sonda no quintal de pescador foi motivo de preocupação
A empresa norueguesa Electromagnetic Geoservices (EMGS), proprietária do equipamento encontrado no município de São João de Pirabas, nordeste paraense, informou ontem que o objeto não oferece nenhum malefício a saúde humana ou ao meio ambiente. O diretor responsável pela EMGS no Brasil, Ricardo Perrone, explicou que o equipamento é um receptor de ondas eletromagnéticas responsável por armazenar dados recebidos de um emissor de sinais que geralmente fica localizado em um barco durante o serviço. Depois o receptor é resgatado para análise dos dados e verificar a presença de petróleo no subsolo. “Não existe perigo nenhum para quem achou isso. A pessoa pode ficar tranquila, a gente tem dispensa de licença do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renpváveis) para os receptores”, disse Perrone.

O receptor foi encontrado por um grupo de pescadores no dia 18 de dezembro do ano passado. O equipamento gerou preocupação na família que guarda o objeto e na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Pirabas, que desconheciam o objeto. De acordo com Perrone, possivelmente o receptor teve um problema no momento de vir à superfície. A EMGS tentou encontrar o objeto, mas não conseguiu reavê-lo. “É muito difícil de acontecer. Isso é quando é dado o sinal para o receptor, mas ele não se desprende da âncora. A companhia tenta capturar o receptor, mas quando não consegue dá ele como perdido. Essa corda deve ter se desgastado e a corrente levou ele para alguma praia”, explicou.

Perrone confirmou que a empresa entrou em contato com os pescadores para buscar o receptor magnético, mas enfrentou problemas burocráticos e também porque as transportadoras consideram a região remota para pegar o objeto e transportá-lo até o Rio de Janeiro. Ele afirmou ainda que tudo já foi resolvido para que na próxima semana a EMGS busque o receptor. Este teria sido o único receptor perdido no Estado do Pará. A EMGS destacou ainda que trabalha com centenas de receptores por serviço e que poucos apresentam problemas. O último trabalho da companhia foi realizado durante os anos de 2011 e 2013 na costa brasileira. E um mapeamento foi realizado na foz do rio Amazonas.

“Toda companhia que opera na área de petróleo precisa de autorização do Ibama e da ANP (Agência Nacional de Petróleo). No caso do Ibama, depois de várias reuniões que duraram quatro anos e estudos os técnicos do Ibama concluíram que os receptores tem baixíssimo impacto ambiental. Ele dispensa a EMGS dessa licença”, explicou Perrone.
Contato - A EMGS ainda entrou em contato ontem com a dona de casa Kleane Conceição, 30 anos, esposa do pescador Juvenal Fonseca de Aviz, 36 anos, para reaver o objeto. Entretanto, como Kleane assinou um termo na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Pirabas, ela não quis entregar o receptor sem a autorização do órgão e do marido que está trabalhando. A empresa ficou de entrar em contato novamente na próxima segunda-feira, 19, para conversar com o pescador Juvenal.

O Ibama informou que não cabe nenhuma ação neste caso. O Ibama declarou que teve conhecimento do caso, mas não há providências a serem tomadas, já que os danos ao meio ambiente são mínimos, já que as sondas utilizam ondas eletromagnéticas para que não haja a necessidade de coletar material para análise. A Petrobras foi procurada novamente pela reportagem, mas não enviou nenhuma resposta.

Fonte: Amazônia News

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